segunda-feira, 8 de abril de 2013

HISTÓRICO DE JITAÚNA.






No ano de 1906, as margens do Rio Preto do Costa e do Rio das Contas, exista uma fazenda de propriedade dos senhores Sergio Bispo e Arcanjo Pereira. 

Foram nestas terras que começaram as caminhadas, uma após outra. No local de encontros desses rios, havia uma rancharia onde os tropeiros e viajantes pernoitavam, devido às dificuldades de transporte,pois levavam mais de um dia de viagem à cidade de Jequié onde os tropeiros iam comprar mercadorias, percurso feito em lombo de animais. 

Naquela época os tropeiros carregavam, latas de querosene em animais e com o abalo essas latas furavam e derramavam gás pelo meio da estrada, deixando assim um cheiro desagradável.Por causa deste fato começaram a chamar o lugarejo de Mija gás.Esse gás era comprado na estação ferroviária de Jequié, transportado pelo trem de ferro que fazia a linha Jequié-Nazaré das Farinhas.Afirma-se que as primeiras casas construídas em Jitaúna foram de propriedades do Senhor bispo tendo como responsável pela construção o senhor Sérgio Gazo: uma residência e uma casa comercial. 

Em 1914, o advogado Antonio Amaral,acompanhado de Sérgio Amaral, fizeram listagem de ruas e deu inicio à construção de uma capela(primeira igreja Católica).Ao fim da construção, O Dr. Antonio Amaral, juntamente com amigos influentes da capital,entrou em contato com o arcebispo D.Gerônimo Forne Souza para organizar a primeira missa, que foi ministrada por um vigário de Jequié. 

Em l915, dois jovens, Álvaro Amaral e seu irmão Salvador Amaral, saíram de Jequié em direção ao sul à procura de um ponto de negócio e compra de cacau, achando nesta região intermediária entre zona da mata e o semi-árido, uma excelente oportunidade, principalmente por ser via de tropeiros e exploradores de outras regiões. Chegando aqui, conversaram com o fazendeiro Sérgio bispo, terminaram por alugar a casa do mesmo por l5 mil réis.Foram bem sucedidos e a partir deste fato começaram a chegar pequenos comerciantes que se instalaram no lugarejo. 

Com passar do tempo o progresso foi aumentando e em 1918 o lugarejo recebeu a designação de Esplanada, considerando que toda região povoada era plana. Essa mudança foi muito discutida terminando por ocorrer um incidente lamentável puseram umas bancas de jogos e na noite da mudança de nome enquanto o missionário pregava o sermão dois jogadores começaram a discutir e um deles assassinou o seu parceiro a pauladas. O chefe de polícia naquela época era o senhor Agapito Fernandes que comandou a procura so assassino, que tinha fugido para o lugarejo Rapa Tição, atual Baixa Alegre, não sendo encontrado.Em 1919, Antonio Mário constrói o primeiro hotel e César Mauro constrói a primeira casa de malhas e tecidos, além de compras e vendas.Ainda neste ano assumiu o posto de subdelegado e chefe político Hormínio Rios, a chegada da professora Paula inicia em mais um grau a educação juvenil 

Em l920,Esplanada já possuía 03 avenidas e uma praça.A primeira avenida recebeu o nome de rua dos Tropeiros, hoje conhecida como 24 de outubro. 

O Rio de Contas entrou em ação em 1921, levando um lado da Rua Direita, causando grandes prejuízos para o povoado. E ainda neste ano instala-se a Feira livre. 

Já em l925 foi designado uma casa para os correios e primeiro Templo da Igreja batista e estreia o novenário ao glorioso Santo Antonio. 

Em 1926 ocorreu a mudança do nome Esplanada para Itaúna, com o significado derivado do Tupi "Jiti" (abelha) e "Una" (preta) porque existiam duas cidades com o mesmo nome de  Itaúna e Esplanada no Estado da Bahia. Assim o professor Teodorico Sampaio em salvador, resolveu mudar para Jitaúna, "jita" (pedra) "Una" (água) Ainda neste ano surgiram os primeiros imigrantes italianos: Francisco Adígio, Miguel Orizi, Setinio Rusciolelli, Braz Forte, João Rusciolelli 

Nicolau Guidice, Geraldo orrico e tantos outros que abraçaram o comércio. 

Em1927 foi instalado o Cartório de Paz sendo seu escrivão Umbelino José dos Reis e em 1928 foi instalado o Registro Civil das pessoas naturais. 

Tinha como juiz de paz o Sr. Lydio Fernandes Bahiense. Neste ano chegaram a Jitaúna os cidade os cidadãos Albino Cajayba, Carlos Sá Barreto, Marcos de Araújo e Pedro Mendes. Já viviam aqui os senhores Pompilio Matos, Bernadino Cassemiro, Agripino Sá Barros e o senhor Manoel José Gonçalves proprietário da Fazenda Primavera 

A primeira rodovia de Jitaúna teve inicio com o intendente policial Anibal Brito, de Jequié, que juntamente com o senhor Amphilophio Bittencourt (motorista mecânico de Jequié), vieram no Ford 1928, abriindo a estrada com pás e picaretas iniciando a rodovia que ligava Jequié a Ipiaú, passando por Itajuru, Barra Avenida, Jitaúna e Ipiaú (Itajuru era conhecida como Rio Branco e Ipiau , pelo nome de Rio Novo). 

Em 1929 chegou o primeiro carro de propriedade do senhor Anibal Brito, o primeiro passeio foi feito no lugarejo por Pascoal Armentano 

Carlos Sá Barreto, Laurinho de Cazuza, Francisco de Leônio, que era motorista. 

A iluminação só chegou em 1930 e apenas para 09 casas. 

Em l939 foi organizada uma comissão tendo a frente o cidadão mais entusiasmo o Senhor Manoel Alves Meira para construir a primeira Igreja Católica que teve de todos os moradores apoio e tinha como padroeiro Santo Antonio.Os primeiros padres que vieram celebrar missa foram os reverendos Jacinto Seixas e Antonio Freire Em l9 de fevereiro de l939 o Cardeal Augusto Álvares da Silva passou a capela para paróquia tendo como padroeiro Senhor do Bonfim e só posteriormente foi elevado a condição de padroeira Nossa Senhora da Conceição e como os padres residentes o primeiro padre Tétone, o segundo padre Euzinio Alves Gomes e o terceiro padre Angelo de Rocco. 

Logo após a Revolução de l943 até 1945 o distrito viveu plena paz. 

Com a eleição de 1946, posterior a outras eleições, os prefeitos que por Jequié passaram sempre tiveram preocupações em melhorar o aspecto deste distrito.Jitaúna progrediu muito e neste período já havia o calçamento da rua Cel João Borges, a primeira escola Castro Alves e o antigo mercado municipal. 

No âmbito político ocorreram sucessivos acontecimentos de relevante importância para esta comunidade, em 1958 acontece o primeiro movimento para a sua emancipação. Com o propósito de emancipar Jitaúna, os moradores como Carlos Sá Barreto, Padre Euzinio Gomes e Elias D”Avila Filho dirigiram-se para Salvador, juntamente com o Deputado Nilton Pinto reuniram-se para tratar do assunto tão palpitante e interesse dos jitauneses.Depois de muitas reuniões políticas, foi realizado o plebiscito para consulta popular sobre a emancipação do povoado de Jitaúna, tendo sido aprovado por unanimidade. Este fato ocorreu no Governo do General Juracy Magalhães. 

Em 22 de dezembro de l96l, através da Lei Estadual nº 1588, Jitaúna torna-se município para alegria de sua população. 

No ano de l962 foi o ano que marcou a história na vida dos jitaunenses, caracterizando-se por um período de organização para funcionários do município, processando-se as eleições para prefeito e vereadores..O primeiro prefeito eleito o Sr. Elias D”Ávila Filho e a primeira Cãmara teve como presidente o senhor Milton Barbosa de Almeida. 

Em 03 de março de l963 foi instalado a Prefeitura Municipal de Jitaúna. Neste período muitas obras foram realizadas tanto na sede como no distrito de Santa Terezinha: construção de praças, instalação da energia elétrica, serviço de água encanada, construção de uma biblioteca Infantil Denise Tavares, o posto de saúde diversas escolas na zona rural e urbana e fundado o Centro Educacional Albino Cajayba (1º E 2º grau do curso normal) .Essas obras tiveram o apoio do Governador Lomanto Junior e do Deputado Urbano de Almeida Neto. 

Hoje, a 387 Km da Capital baiana, Jitaúna se encontra no sudoeste da Bahia, na zona da mata, possui uma população de 13.280 habitantes.

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